Covid-19: Soluções de logística para lidar com o e-Commerce

Consolidação do e-Commerce

A recuperação da normalidade será lenta e gradual, o que facilitará a consolidação do e-commerce.

Não excluiremos nossas novas contas de usuário após o vírus. Claro que não. Pelo contrário, manteremos as novas contas de e-commerce que criamos e, possivelmente, abriremos novas para comparar. É claro que elas não serão apagadas por aqueles que descobriram, mesmo à força, que comprar sem sair de casa era uma boa ideia, mas possivelmente não serão canceladas por aqueles que fizeram uma única compra ou mesmo nenhuma, retraídos no último minuto por atrasos na entrega de nessas semanas especiais.

Parece que isso acontecerá com o e-commerce, cujos números dispararam durante um confinamento que também não terminará repentinamente, mas com uma recuperação gradual da normalidade, o que significará mais tempo em casa e menos na rua. Mais oportunidades para tentar a conta de usuário recém-aberta novamente e uma melhor oportunidade para que os pedidos sejam recebidos desta vez com velocidade adequada.

Segundo Jorge Sena, Partner, Head of Commercial (Offices, Retail and Logistics) da Knight Frank, a crise do Covid-19 “Mudará definitivamente o relacionamento com as lojas físicas, o que afetará varejistas e proprietários, e , sem dúvida, sobre a logística vinculada a essas atividades“. Sena estima que “se antes da pandemia na Espanha 5% das vendas fossem feitas através do e-commerce, provavelmente depois se estabilizaria em níveis próximos a 10%“.

Não seria estranho se todos os países pulverizassem esses números de e-commerce

A incerteza ainda é grande. Nada nos garante que o crescimento do e-commerce não alcance os 17% no Reino Unido ou 15% das vendas on-line na Alemanha antes da pandemia. Não seria estranho, de fato, que todos os países pulverizassem esses números. A verdade é que mesmo as empresas de consumo de massa, acostumadas aos canais de distribuição tradicionais, agora estão oferecendo vendas on-line de seus produtos, desde fabricantes de sucos e caldos a grandes cervejarias.

E, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCOmm) em entrevista à revista Exame, o volume de vendas no Brasil cresceu 40% na primeira quinzena do mês de março, se comparado com o mesmo período de 2019.

Soluções de logística para enfrentar o crescimento do e-Commerce

Se essa mudança for consolidada e tudo nos faz pensar que assim será, muitas empresas de produção precisarão de novas ferramentas de gerenciamento de logística que lhes permitam atender a um mercado completamente não relacionado à distribuição mais ou menos previsível que eles conheciam até agora. Apenas para dar um exemplo claro: o gerenciamento de seus armazéns deve ser completamente revisado para responder a uma preparação detalhada de pedidos e acostumado a prazos de entrega muito ágeis, possibilidades de logística reversa e toda uma série de características que precisam coexistir com a preparação paletizada clássica e que, sem dúvida, encorajará muitos a evoluir o gerenciamento de seus armazéns para soluções avançadas de WMS.

Como se isso não bastasse, a recuperação da normalidade ameaça ser lenta e, portanto, mesmo que retorne ao que entendemos por normalidade antes do Coronavírus, haverá um período de recuperação mais ou menos longo, durante o qual as empresas terão que seguir vendendo, e só poderão fazê-lo se tiverem ferramentas adequadas para atender e servir o ambiente muito mais complexo das compras a domicílio.

A saída da crise da Covid-19 trará muitas incógnitas e é difícil aventurar as mudanças que virão, mas a consolidação e o crescimento do e-commerce são possivelmente um daqueles que certamente começarão a fazer parte do nosso cotidiano a partir dessa conta de usuário que muitos abriram “quando confinados”.