Generix e Open Sky Group avançam em sua missão conjunta de acelerar a digitalização da supply chain na América do Norte. Veja o comunicado de imprensa

Supply Chain
January 11, 2022

Crise de saúde: os 4 desafios da supply chain

Artigo

A crise de saúde está desafiando a supply chain em particular. Visibilidade reduzida, necessidade de flexibilidade e rupturas internacionais… Os desafios para os profissionais de logística são numerosos e terão de ter um cuidado especial para os enfrentar. Aqui estão nossas ideias para fazer de 2022 o ano de recuperação.

1/ Uma falta de visibilidade que precisa ser preenchida

Desde o início da crise da saúde, toda a supply chain enfrenta falta de visibilidade. Muitas atividades foram desaceleradas, ou interrompidas, impactando direta ou indiretamente todos os players: do fabricante ao cliente, incluindo distribuidores. As empresas também precisam lidar com um ambiente regulatório que não é claro e está em constante mudança. O resultado? É quase impossível planejar ações de médio e longo prazo, principalmente para o comércio internacional. Esta situação fica ainda mais complexa pelo fato de as medidas flutuarem ao longo do tempo e de país para país. Atualmente, é difícil prever quais fornecedores ou clientes poderão continuar seus negócios e, consequentemente, se prepararem para isso. o primeiro desafio para os players da gestão logística é, portanto, ganhar visibilidade da sua atividade, e não apenas a curto prazo. Para isso, vários caminhos são possíveis:

  • fortalecer a comunicação, a transparência e o trabalho colaborativo com os diversos players da supply chain;
  • trabalhar em sinergia com as empresas do setor para ter mais peso nas relações com o poder público e nas decisões regulatórias adotadas;
  • adquirir novas ferramentas para melhor antecipar situações de risco (relatórios, alertas automatizados, software preditivo, etc.).

2/ A necessidade de elasticidade e maior flexibilidade

A crise atual evidenciou um dos principais problemas da supply chain: a falta de flexibilidade e adaptabilidade. Para as empresas incapazes de adaptar rapidamente a sua atividade à realidade da situação, as consequências têm sido pesadas e variadas: ruptura ou aumento de estoque, escassez de matérias-primas, volume de mão-de-obra inadequado ao volume de atividade, dificuldade no cumprimento de encomendas, prorrogação de prazos de entrega, etc. Essas dificuldades logísticas também tiveram impacto na saúde financeira das empresas. Muitos tiveram que enfrentar uma diminuição no fluxo de caixa, cancelamentos de pedidos, mas também um aumento nos custos de armazenamento e transporte. Dadas essas restrições, as empresas têm o dever de melhorar a flexibilidade de sua cadeia logística. Embora este seja um grande desafio, pode ser superado passo a passo.

  • Adaptar a atividade: reduzir o número de fornecedores (ou até mesmo single sourcing), redução da força de trabalho, limitação do transporte vazio, abastecimento local, criação de novos serviços (click and collect, entrega expressa, etc.)… todas essas são opções possíveis para o negócio para responder melhor às restrições e desafios atuais;
  • Desenvolver práticas logísticas: a supply chain também precisa se tornar mais flexível, e vários caminhos podem ser explorados para isso. Trabalho just-in-time para limitar a necessidade de capital de giro, cross-docking para reduzir estoque, contagem cíclica para facilitar os inventários e otimizar a gestão de estoque:
  • digitalização da contagem;
  • estoque em tempo real;
  • centralização de dados;
  • sistemas colaborativos, como o VMI (Vendor Managed Inventory) ;

Como destaca Isabelle Badoc, Product Marketing Manager das soluções de Supply Chain Execution da Generix Group na França, algumas empresas optaram por “criar uma organização de separação de pedidos adaptada a fluxos mais refinados (mais pedidos com menos itens por linha) impulsionada por planos de transporte“;

  • Acelerar a tomada de decisões: à medida que a situação evolui rapidamente, os players da supply chain também devem ser capazes de reagir muito mais rápido do que no passado. O desafio? Adaptar todos os aspectos do negócio à realidade imediata, seja em termos de fluxo de caixa, mão-de-obra ou investimento por exemplo.

3/ Um atraso na digitalização para recuperar o atraso

A crise da saúde acelerou consideravelmente a digitalização das práticas. Com o fechamento dos pontos de venda físicos, a restrição de viagens e o medo das interações, muitos clientes finais estão migrando para o e-commerce. O mesmo vale para os compradores B2B, que já haviam começado a adotar um comportamento de compra digital há alguns anos. A necessidade de digitalização é ainda mais importante, pois várias plataformas digitais de distribuição B2B estão se desenvolvendo exponencialmente, como Amazon Business e Alibaba, desequilibrando assim o equilíbrio de poder com os distribuidores “tradicionais”.

+ 46 % Este é o crescimento do e-commerce B2B no Brasil depois da pandemia de Covid-191.

Diante desses novos comportamentos, os players da supply chain não têm outra escolha a não ser digitalizar a toda velocidade. Para isso, vários projetos devem ser priorizados.

  • Desenvolver oportunidades digitais: além da criação de mídias digitais para atender as expectativas dos clientes B2B e B2C (plataforma de e-commerce, aplicativo mobile, etc.), é preciso também oferecer novos serviços, que se tornaram essenciais em um momento de crise de saúde (click and collect, conhecimento da disponibilidade do produto em tempo real, rastreamento ao vivo da entrega, etc.);
  • Garantir uma gestão em tempo real: estes diferentes serviços só podem ser considerados se a empresa conseguir gerir os seus estoques e a sua atividade em tempo real. Isso requer a centralização de todas as informações (entradas, saídas, pedidos, entregas, etc.) dentro de um software dedicado, com interface direta com o software de negócios, como um WMS (Warehouse management system) ou um TMS (Transport Management System).
  • Reforçar o suporte ao cliente : adotar métodos digitais também exige repensar o relacionamento com o cliente. É realmente necessário transformar os departamentos responsáveis pelo relacionamento com o cliente (vendas, serviço pós-venda, etc.) para adaptar as suas operações à situação atual, respondendo às incertezas decorrentes da crise sanitária. Mais do que nunca, a necessidade de treinamento e apoio deve ser levada em consideração.

4/ Um requisito de realocação na Europa

A crise da saúde finalmente mostrou os limites da ultraglobalização. De fato, as atuais restrições complexificaram consideravelmente os fluxos de comércio internacional, seja em termos de regulamentação, abastecimento ou transporte. Vale ressaltar que o risco à saúde é ainda maior com o comércio de longa distância, que envolve mais players em toda a cadeia de distribuição. Essa situação está longe de ser comum, pois os riscos logísticos são maiores do que nunca: escassez de produtos, incapacidade de renegociar contratos, dependência de fornecedores, fechamento de fronteiras etc. O custo do transporte para fluxos que migraram para o e-commerce também aumentou. Como nos lembra Isabelle Badoc, “os envios geralmente são feitos por meio de correios ou transportadoras expressas. O custo por item é, portanto, mais alto do que no caso de um fretamento de caminhão completo“.

Para superar essas várias restrições, a realocação da supply chain é necessária. Embora a tarefa seja enorme, várias alavancas podem ser acionadas para avançar em direção a esse objetivo:

  • identificar as posições que podem ser realocadas (fornecedores, serviço de pós-venda, etc.);
  • contar com sinergias setoriais para limitar o impacto financeiro da realocação;
  • buscar apoio do governo para auxiliar na realocação da cadeia de distribuição.

1 McKinsey, 2020

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