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Armazém, Supply Chain
January 25, 2021

Separação em diferentes setores: operação robusta para a garantia da eficiência

A operação logística, como sabemos, é composta por uma série de etapas. São todas muito importantes, que devem funcionar com inteligência e seguindo uma ordem lógica para que haja fluidez nos processos. Mas o item armazenado, e comercializado à espera do envio, não é sinônimo de lucro e fim da atenção. Explico. Antes de expedi-lo é preciso que seja realizado mais um processo, a separação. E essa etapa requer muito cuidado.

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A separação consiste em garantir que os produtos solicitados nos pedidos dos clientes sejam segregados e expedidos de acordo com a rota de entrega de cada região. E essas tarefas realizadas com excelência evitam uma série de problemas, como erros nos envios e a consequente devolução, com a necessidade de aplicação de tempo e recursos na logística reversa.

Para evitar as incorreções, observamos alguns pontos. O primeiro deles é organizar o setor de separação a fim de garantir qualidade e eficiência operacional. Além disso, os materiais de trabalho – RF, empilhadeiras e transpaleteiras, por exemplo – devem estar em condições de atender às necessidades da operação. Não se esqueça, ainda, de manter a limpeza na área de separação para o bem-estar empresarial e colaborativo e definir metas alcançáveis para a correta motivação dos operadores.

Multiplicidade de tarefas e a obrigatoriedade de processos justos

Se o processo de separação, puro e simples, já é complexo, imagine a separação em diferentes setores? Neste caso, e é recorrente no mercado, a setorização existe na grande maioria das empresas e pode ser distribuída pelo centro de distribuição (CD) de acordo com os tipos de produtos, circuitos de preparação e restrições de preparação, que podem existir em determinados produtos.

A separação multiclientes, ou multiprodutos, porém, nada mais é do que o conceito de separação que ocorre em cada um dos setores existentes dentro do armazém, como, por exemplo, separação de congelados e separação de secos, que demandam a operação em dois setores diferentes.

A tarefa, neste caso, pede determinados questionamentos e avaliações. Estes diferentes setores podem ser separados em conjunto? Se sim, podemos segregar apenas um operador para a atividade, caso contrário, teremos que levar em conta mais operadores para que a eficiência operacional não seja impactada.

Os setores possuem restrições a serem levadas em conta? Um exemplo clássico é o caso de produtos congelados. Estes itens não podem ser separados simultaneamente com os secos uma vez que correm o risco de descongelar durante o percurso. Além disso, não há como separá-los antes dos secos, pois também podem perder a refrigeração durante o aguardo da separação dos demais produtos.

Vale ressaltar que, a não ser que o armazém possua docas refrigeradas para os produtos congelados e resfriados, é necessário levar em conta que a separação deve ocorrer de forma simultânea e independente.

Ações pontuais e colaborativas no desenvolvimento de soluções

Levantados os cenários e hipóteses pode-se iniciar um plano de estruturação para a separação em diferentes setores levando em conta a sua complexidade. Primeiro, atente-se aos pontos acima citados, além de verificar se existe a necessidade de crescimento da mão de obra, treinamento e um sistema que consiga realizar sem complicações este tipo de operação.

Os colaboradores tem um papel fundamental nesta etapa. Os principais agentes operacionais são aqueles que possuem as posições estratégicas dentro do CD, como gerentes, coordenadores e supervisores. Além disso, é preciso definir um gerente de projetos que garanta a implantação correta e organizada das movimentações.

Vale ressaltar que cada um destes agentes deve organizar e gerenciar as estratégias do seu setor, o que impacta no tempo das iniciativas, mas que também varia de acordo com a complexidade e a quantidade dos setores.

Definição básica para ser lembrada. Um CD que possua dois setores pouco complexos, como o de perecíveis e de secos, tem um tempo muito menor de implantação do que um setor de congelados e resfriados.

Soluções tecnológicas na resolução imediata de gargalos recorrentes

Intercorrências fazem parte da concepção de projetos e ocorrem quando os riscos são mensurados de forma errada pelo gerente de projetos ou pelos agentes do CD. Por isso, é necessário medir todas as variáveis envolvidas – quantidade de setores, tipo de sistema, complexidade operacional, conhecimento dos operadores, entre outras. Desta forma, temos a certeza de que todos os pontos de atenção estão cobertos durante a implantação do projeto.

A tecnologia aplicada auxilia na solução dos gargalos. Um WMS de ponta pode criar circuitos de preparação para cada setor e desta forma garantir a separação de acordo com as restrições necessárias para cada um deles. É possível, também, repartir um pedido em vários de acordo com cada setor para que se possa separar em ondas diferentes e consequentemente em momentos distintos.

Para concluirmos. Considero primordial a necessidade de um sistema robusto que seja capaz de gerenciar e organizar dados de cada setor para auxiliar os colaboradores com papeis estratégicos dentro da organização. Também é fundamental a criação de brainstormings, que devem ocorrer antes, durante e após o projeto. Desta forma, é possível garantir controle, mitigar riscos e beneficiar todas as áreas impactadas.

No próximo artigo, vamos listar 5 dicas para melhorar ainda mais a separação dos produtos em seu armazém. Não deixe de conferir.

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