Supply chain conectada: quais benefícios para as empresas?

Supply Chain conectada: por que mergulhar?

Operações seguras com rastreabilidade ideal

À medida que as questões ecológicas e éticas crescem, os consumidores esperam mais transparência e informação. Sua principal necessidade: obter resseguro sobre os produtos que compram, tanto para si próprios (qualidade e segurança do produto) como por respeito ao desenvolvimento sustentável. E isto em toda a cadeia de valor, desde o fornecimento de matérias-primas até ao método de entrega final.

Como outros países, o Brasil está atualmente desenvolvendo uma estratégia para configurar a blockchain. No setor privado, essa tecnologia já é usada nos setores financeiro, de seguros e agroalimentar.

Mesmo que ainda esteja na sua infância, o aumento da blockchain sugere boas perspectivas em termos de segurança, rastreabilidade e otimização de custos. Em particular, esta tecnologia deve permitir combater a fraude e a falsificação. Contudo, apenas 9% dos decisores planejam investir nessa área nos próximos 12 meses2.

Melhor planejamento e automação de certas operações para reduzir custos

Para muitas empresas de FMCG e de distribuição especializadas, é essencial melhorar a qualidade do serviço de logística. Em muitos casos, isto pode ser alcançado digitalmente: 64% dos decisores acreditam que a aceleração da digitalização de sua Supply Chain reduzirá seus custos logísticos.

Neste contexto, a automação tem uma dupla vantagem para os profissionais:

• Sistemas de monitoramento de fluxo físico em tempo real permitem que a cadeia logística seja controlada da forma mais precisa possível;
• a economia significativa de tempo na execução de determinadas tarefas permite acelerar os ciclos de distribuição.

Ao eliminar certas tarefas de baixo valor agregado, a automação oferece várias vantagens principais: maior produtividade, a capacidade de responder às dificuldades de contratação durante os períodos de pico e a redução do trabalho árduo. A mecanização também pode se mostrar interessante para resolver problemas de custo e escassez de terra, graças à densificação do armazenamento trazida por certas soluções.

O planejamento automático, oferecido por ferramentas de inteligência artificial, permite previsões mais precisas e melhora a qualidade da decisão e a velocidade de execução. Os dados coletados em toda a cadeia de suprimentos também podem ser usados para gerenciar picos de atividade em armazéns.

Com o machine learning, agora é possível usar os dados de maneira adequada para atender a uma demanda cada vez mais complexa. Por exemplo, podemos antecipar com mais facilidade as necessidades de recursos e otimizar as rotas de entrega para lidar com picos sazonais.

Por outro lado, os armazéns estão cada vez mais se voltando para a automação para melhorar sua produtividade. A realidade aumentada é usada para melhorar a eficiência do picking, enquanto as soluções de inventário dependem cada vez mais do uso de robôs e drones.

Enfrentando o desafio da promessa do cliente

Os gigantes globais do varejo online mudaram muito as expectativas dos consumidores, oferecendo-lhes mais e mais opções, disponibilidade, preço e prazos de entrega. Como resultado, os consumidores têm maiores exigências e esperam um serviço impecável.

Para enfrentar o desafio da satisfação do cliente, é essencial que os distribuidores possam contar com o imenso fluxo de dados concentrado na Supply Chain. Com as tecnologias de Big Data, as empresas podem transformar essas informações em uma vantagem competitiva. Um pré-requisito para isso é a capacidade de coletar, centralizar e padronizar essa massa de informações, que nem sempre é estruturada e, na maioria das vezes, vem de múltiplas fontes.

A McKinsey France também recomenda confiar o máximo possível no Big Data na transformação digital dos processos industriais de produtos de consumo em massa3. Os argumentos apresentados: rastreabilidade total do fabricante até o cliente final, fornecimento on-line mais rápido e mais barato, e produção just-in-time graças à tecnologia digital.

A Supply Chain enfrentando riscos

Segurança sanitária

A segurança do produto é primordial do ponto de vista da saúde, mas também do ponto de vista econômico e de imagem. Como os regulamentos estão sendo constantemente reforçados para evitar riscos, a retirada de um produto deve ser o mais rápida e eficaz possível.

Durante tal operação, toda a cadeia de distribuição é mobilizada para cessar a comercialização e informar os consumidores sobre o procedimento. O operador é responsável pela implementação das ações de retirada e recall de seu produto, mas cada ator tem a obrigação de resultado em sua execução.

A Supply Chain conectada facilita as retiradas e recalls, otimizando a rastreabilidade. Também ajuda a informar melhor os consumidores e a tranquilizá-los, mostrando-lhes a capacidade da marca e de seus distribuidores de controlar a situação. Além da gestão de recalls e retiradas de produtos, permite antecipar incidentes de qualidade e limitar os custos das operações relacionadas a eles.

A digitalização da cadeia de suprimentos finalmente permite colaborar mais estreitamente com as autoridades de saúde, que estão cada vez mais se dando os meios para coletar e compartilhar informações. O risco de pandemia também deve ser levado em consideração. A crise sanitária causada pela Covid-19 teve um impacto sem precedentes na cadeia de suprimentos – expôs suas falhas e forçou as empresas a repensar seus processos.

Segurança das entregas e suprimentos

Após o preço, a entrega é o segundo critério mais importante para os consumidores antes de comprar em um site de e-commerce. E os problemas relacionados à entrega são numerosos: dois terços dos usuários reclamam e a maioria são clientes perdidos no caso de um problema. Portanto, é impossível abordar a questão dos riscos da Supply Chain sem abordar a questão da segurança de abastecimento. Segundo o Weathernews France, 70% das atividades econômicas são sensíveis às condições climáticas. Portanto, são necessárias previsões realistas para permitir que fabricantes e distribuidores ajustem seus estoques da melhor maneira possível. Mas além desses riscos meteorológicos que afetam a produção de alimentos para o setor alimentício, outros fatores podem comprometer a segurança dos abastecimentos. Estes são principalmente a volatilidade dos preços das matérias-primas, tarifas alfandegárias, relações comerciais de importação e exportação, mas também riscos por país – principalmente movimentos sociais ou conflitos internos.