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A globalização, o crescimento do e-commerce e a mudança de hábitos dos consumidores – que esperam, hoje, entregas mais rápidas, com custos reduzidos e com uma visibilidade elevada do processo de compra – imprimiram profundas alterações no funcionamento das cadeias de abastecimento e nas operações logísticas. Neste cenário, uma gestão de armazém ágil e preditiva é crítica para o bom funcionamento da Supply Chain e um recurso essencial para garantir que as empresas conseguem cumprir com as expectativas, cada vez mais exigentes, dos consumidores.
À luz das mudanças atuais, o armazém do futuro começa a emergir – e, aqui, as tecnologias avançadas ocupam um papel central. Tecnologias que aceleram o ritmo das operações em armazém, asseguram processos mais eficazes e sem erros, garantem a otimização do espaço disponível, promovem a produtividade das equipas e proporcionam uma melhor interligação com os diversos parceiros das diversas etapas dos processos logísticos.
Neste cenário, três conceitos-chave vão moldar o futuro da gestão de armazém: automatização, inteligência artificial e visibilidade. Descubra, ao pormenor, cada uma destas tendências.
Tarefas repetitivas em armazém, que até há alguns anos eram executadas de forma manual, são hoje realizadas automaticamente. Seja no controlo dos inventários, na receção e registo das mercadorias que entram em armazém ou mesmo no picking dos produtos, a adoção de software avançado (como é o caso dos sistemas de gestão de armazém – WMS), de equipamentos e tecnologia de última geração (como os robots, os veículos AGV ou a radiofrequência) permitem às equipas que gerem os armazéns automatizar muitas tarefas, focando os seus recursos humanos em tarefas de valor acrescentado.
Esta tendência de automatização vai continuar a acelerar nos próximos anos, impulsionada pela necessidade de imprimir uma maior velocidade nas entregas e um maior rigor no controlo das operações em armazém, para se evitarem erros no picking e reduzir ineficiências. Nesse sentido, veremos nos armazéns a utilização de robots cada vez mais avançados e colaborativos (Autonomous Mobile Robots – AMR), capazes de tomar decisões complexas de forma autónoma, com base em informações recolhidas em tempo real.
Para dar resposta às crescentes exigências , a sincronização de tarefas em armazém tenderá a ser cada vez mais rigorosa. Nesse sentido, o acesso a dados e a extração de conhecimento das operações, através de ferramentas analíticas, apresenta-se como imprescindível para que as equipas no armazém consigam sincronizar operações e resolver problemas de forma eficiente.
Este cenário torna expetável um maior recurso a algoritmos avançados de inteligência artificial na gestão de armazém, para apoiar a tomada de decisão. A inteligência artificial pode, por exemplo, ajudar a definir qual a melhor forma como os produtos são armazenados ou mesmo determinar qual o momento mais apropriado para o armazém desencadear uma operação de reabastecimento. Por outro lado, a incorporação de tecnologias de machine learning irá dotar os armazéns de uma capacidade de auto-ajustamento de prioridades. Estas tecnologias constituem, assim, uma ferramenta poderosa para as equipas tomarem decisões mais assertivas e os armazéns adquirirem características mais inteligentes.
As cadeias de abastecimento são hoje mais complexas, têm um crescente número de atores e exigem da parte das empresas um controlo preciso de todas as etapas para se evitar situações de disrupção ou atrasos que afetam a qualidade de serviço. O atraso de um fornecedor, por exemplo, é suficiente para impactar a entrega de uma encomenda a diversos clientes finais, prejudicando a confiança e reputação das marcas.
Coordenar o vasto ecossistema de parceiros exige cada vez maior transparência e visibilidade end-to-end, conceitos incontornáveis do futuro da gestão de armazém. Como reforçar esta tendência no seu negócio? Através de uma seleção rigorosa de soluções e ferramentas que aumentem a capacidade de interação com os parceiros e fornecedores. É o caso, por exemplo, da adoção de sistemas de order picking, plataformas colaborativas e integração entre WMS, sistemas de gestão de transporte (TMS) e soluções de otimização do parque logístico (YMS).
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